Curto e Grosso..."Mulheres devem ser Donas do seu Nariz"

A Publicidade é uma área deveras curiosa e que muito me interessa, pelo que acabo pesquisando e encontrando coisas maravilhosas. Dias atrás partilhei convosco uma campanha da DOVE, desta feita partilho uma da ONU Women, que mais do que interessante, faz-nos reflectir bastante sobre a humanidade dos dias de hoje.

Esta campanha foi desenvolvida com o intuito de nos mostrar que, apesar de estarmos em pleno século XXI, prevalece ainda o machismo arcaico. Apesar de toda a subtileza a sua volta, as pessoas ainda pensam como há séculos atrás...evoluímos em muito, mas ainda há coisas em que somos os mesmos, ou ainda piores, pois para além de preconceituosos, ainda somos hipócritas...ou será que devo dizer "subtis".

O que eles fizeram, para esta campanha, não foi nada mais nada menos do que começar a pesquisar expressões como "Women should" (Mulheres devem) / Women need (Mulheres precisam), etc. no Google para aparecer as sugestões de pesquisa...heis o que surgiu desta brilhante ideia...vejam as imagens e escandalizam-se, porque não há outro estado de se ficar perante tal mediocridade.

Mulheres devem: ficar em casa/ ser escravas / ficar na cozinha / não falar na igreja

Mulheres precisam: ser colocadas em seu lugar/ saber seu lugar/ ser controladas/ ser disciplinadas

Esta mesma campanha foi feita, também, para retratar o preconceito face aos homossexuais, e a indignação é a mesma...incrível como as pessoas ainda pensam dentro da caixa e não conseguem enxergar um palmo a frente do nariz e ainda achamos que somos seres evoluídos.

Orgulho-me muito em ser Mulher, mas ainda há vezes em que me envergonho de ser Humano.

Observação: Não é fictício, é real!! Já foi possível fazer esta pesquisa no Google, mas obviamente que depois da campanha ir para o ar, deixou de ser possível...o Google pode até ter apagado os históricos mas os pré-conceitos na cabeça das pessoas não se apaga assim, ocultando a realidade.

Fonte: Aqui (ver mais fotos da campanha)

"Queridas Inimigas"

Adivinha, adivinha qual a coisa, qual é ela, fica na pele como listras ora branca ora vermelha, incomoda muito e achamos que não sai por nada deste mundo?? Se respondeu Estrias, acertou em cheio.

Esta famosa inimiga das mulheres foi mencionada pela medicina pela primeira vez em 1773, estando nesta altura associada apenas às mulheres grávidas. Desde esta altura até o Séc. XX, na década de 80, estas foram consideradas erradamente (um estudo* realizado veio provar que não) como cicatrizes.

Não sendo cicatrizes, o que são as estrias? Elas são atrofias adquiridas da pele, de aspecto linear e por vezes saliente, de cor avermelhada que depois evolui para uma cor mais esbranquiçada.

Estão localizadas principalmente nos glúteos, seios, abdómen e coxas, que são zonas onde se verificam maiores alterações do tecido.

Sendo adquiridas, existem factores que favorecem o seu aparecimento, nomeadamente:

• Ressecamento da pele, provocado pela exposição ao sol em excesso;
• Exercícios em excesso que leva os músculos a romper as fibras da pele;
• Rápido crescimento na adolescência;
• Gravidez;
• Aumento/diminuição rápido de peso e volume.

Se alguns desses factores podem ser controlados, outros não, pelo que o aconselhável mesmo é a prevenção, que ainda assim, não garante resultados a 100%. Um dos segredos da prevenção, nos casos controláveis de estrias, é a hidratação da pele, tanto por via externa (cremes, etc.), como por via interna (beber muita água).

Porque cada pele é uma pele, na presença de estrias, o correcto é procurar um médico especialista que poderá indicar o melhor tratamento para sua pele. Para consolo, hoje em dia existem várias opções de tratamento estético, alguns invasivos, outros não, mas todos com o intuito de minimizar o mau aspecto que as estrias deixam na nossa pele, que vamos combinar é o "Ó do borogodó".

Porque existem factores que não são controláveis, o melhor mesmo é alimentar a nossa auto-estima e conviver bem com essas nossas "queridas inimigas".

Nota: *Estudo histológico de Pieraggi - estudo realizado em 1982 que veio provar que as estrias não eram cicatrizes porque a constituição das suas fibras colagénias eram diferentes das de uma cicatriz.