segunda-feira, 11 de maio de 2009

"Nada te faltará"

Pra onde vamos
As vãs, carros e bicicletas?
Certezas avessas,comércio de guerra
Legado de merda
Mais de um bilhão de chineses
Marchando sem deuses
E outros descalços
Fazendo sapatos
Pra nobres e ratos
Sobe do solo a nuvem de óleo
com cheiro de enxofre queimado
Fodendo com os ares
E outras barbáries
Quero mudança total
Uma ideia genial
A ciência e o amor a favor do futuro
Quero o claro no escuro
Peço paz aos filhos de Abraão
Quero Gandhi na melhor versão
E nada vai me faltar, e nada te faltará
E nada vai me faltar, e nada te faltará
Pra onde seguem os barcos?
Os homens, suas trilhas
Seus filhos e filhas
No pau da miséria?
Um pico na artéria
As mulheres pedintes perdidas
Que já quase loucas
Dividem o frio da noite
Com as "drags"
As mães descarregues
Meninas sangrando na boca
E no meio das pernas
No meio da noite
Tomando cacete
Sem dente, sem leite
Quero respeitos humanos
Direitos fazendo pensar
Os pilares de uma nova Era
Que não seja quimera
Peço paz aos filhos de Abraão
Quero Gandhi na melhor versão
E nada vai me faltar, e nada te faltará
E nada vai me faltar, e nada te faltará

(Composição: Ana Carolina e Antônio Villeroy)

Esta é a letra de uma canção de Ana Carolina, uma das vozes mais poderosas que eu já ouvi. Suas letras, desde aquelas que fala de amor, àquelas que criticam as mais diversas situações, são assim como esta: fortes, duras e cruas.

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